Respostas curta:
1 Sim, os católicos acreditam que os bispos sucedem os Apóstolos, garantindo a continuidade da Igreja.
2 A sucessão apostólica é central para os católicos, assegurando a transmissão da autoridade de Cristo.
Resposta avançada:
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Sim, os católicos acreditam na sucessão apostólica. Esse é um princípio central na fé católica, que garante a continuidade da missão e da autoridade dos Apóstolos através dos bispos. A sucessão apostólica significa que o poder dado por Cristo aos Apóstolos foi passado diretamente aos seus sucessores, de geração em geração, por meio do sacramento da Ordem. Esse princípio é fundamental para a estrutura da Igreja Católica e está intimamente ligado à sua identidade como uma comunidade que permanece fiel à tradição apostólica desde os primórdios da Igreja.


Os católicos acreditam na sucessão apostólica porque ela assegura que a Igreja atual está em plena continuidade com a Igreja dos tempos de Cristo e dos Apóstolos. Quando Jesus escolheu os doze Apóstolos, Ele os comissionou para pregar o Evangelho e liderar a Igreja. Após a sua ressurreição, Ele disse aos Apóstolos: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20,21). Os Apóstolos, por sua vez, transmitiram essa missão e autoridade aos seus sucessores, os bispos, garantindo que a Igreja permanecesse fiel à sua missão de ensinar, santificar e governar o povo de Deus.


Essa transmissão ocorre por meio de um rito essencial chamado imposição das mãos, um gesto que remonta aos tempos apostólicos. A imposição das mãos, realizada durante a ordenação de bispos, sacerdotes e diáconos, simboliza a passagem do poder espiritual e da autoridade ministerial de uma geração para a seguinte. Os católicos acreditam na sucessão apostólica porque esse rito assegura a continuidade da graça e da autoridade de Cristo, transmitida aos Apóstolos e perpetuada através dos bispos. Essa linha ininterrupta de sucessão é um sinal visível da comunhão da Igreja com suas origens apostólicas.


Além disso, os católicos acreditam na sucessão apostólica porque ela é vista como a garantia da fidelidade da Igreja à sua doutrina e à sua missão. Os bispos, como sucessores dos Apóstolos, são encarregados de manter a integridade da fé e de assegurar que os ensinamentos de Cristo sejam preservados e transmitidos com exatidão. A missão de ensinar, governar e santificar o povo de Deus, confiada aos Apóstolos por Cristo, é agora responsabilidade dos bispos. Eles, em comunhão com o Papa, que é o sucessor de São Pedro, o príncipe dos Apóstolos, continuam a guiar a Igreja através dos séculos.


A sucessão apostólica também é essencial para a integridade dos sacramentos, em particular o sacramento da Eucaristia, que é o centro da vida cristã. Somente os bispos e os sacerdotes ordenados validamente na linha da sucessão apostólica podem consagrar a Eucaristia, garantindo que os fiéis recebam o verdadeiro Corpo e Sangue de Cristo. Através da sucessão apostólica, os católicos acreditam que a Igreja mantém não apenas a pureza doutrinal, mas também a graça sacramental necessária para a vida espiritual dos seus membros.


Outro aspecto importante é que os católicos acreditam na sucessão apostólica porque ela reflete a promessa de Cristo de estar com sua Igreja até o fim dos tempos. No Evangelho de Mateus, Jesus disse: “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20). Através da sucessão apostólica, os bispos e o Papa continuam a exercer a autoridade de Cristo na Terra, garantindo que a Igreja permaneça unida a Ele em todos os tempos e lugares.


Portanto, a sucessão apostólica é um elemento essencial da identidade e da missão da Igreja Católica. Sem ela, a Igreja não poderia reivindicar a continuidade com os Apóstolos nem exercer a autoridade dada por Cristo para ensinar, santificar e governar. A crença na sucessão apostólica é o que mantém a Igreja Católica unida à sua tradição apostólica e à missão que lhe foi confiada por Cristo.


Por fim, os católicos acreditam na sucessão apostólica porque é através dela que a Igreja permanece em comunhão com Cristo e com os Apóstolos. É por meio dessa linha ininterrupta de sucessores que a Igreja mantém sua unidade e sua fidelidade à missão original confiada a ela por Cristo. Assim, a sucessão apostólica não é apenas uma questão de autoridade, mas uma garantia de que a Igreja continuará a ser um canal de graça e de verdade para todas as gerações de fiéis.

Referências
  • CIC 77, 78, 861, 862, 880, 881, 883, 1555 - 1560

  • Mateus 16,18-19: Jesus confia a Pedro as chaves do Reino, estabelecendo sua liderança na Igreja.

  • Atos 1,20-26: Os Apóstolos elegem Matias para substituir Judas, mostrando a continuidade do ministério.

  • João 20,21: "Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio" – Jesus transmite a missão aos Apóstolos.

  • 2 Timóteo 2,2: Paulo instrui Timóteo a transmitir a fé a homens fiéis, evidenciando a sucessão.

  • Tito 1,5: Paulo orienta Tito a ordenar presbíteros, continuando a estrutura hierárquica da Igreja.

  • Atos 6,6: Os Apóstolos impõem as mãos sobre os diáconos, simbolizando a transmissão de autoridade.

  • Atos 14,23: Paulo e Barnabé nomeiam presbíteros em cada igreja, evidenciando a sucessão apostólica.

  • 1 Timóteo 4,14: Paulo lembra Timóteo do dom que recebeu pela imposição das mãos, simbolizando a sucessão.

  • Efésios 2,20: A Igreja é edificada sobre o fundamento dos Apóstolos, com Cristo como pedra angular.

  • Lucas 10,16: "Quem vos ouve, a mim ouve" – Jesus confere autoridade aos seus enviados.

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