Introdução

Justino de Nápoles foi um dos primeiros filósofos cristãos e um dos mais importantes apologetas da Igreja primitiva. Ele conseguiu unir a racionalidade greco‑romana à fé revelada, demonstrando que o cristianismo era a verdadeira filosofia e a única resposta plausível às perguntas do seu tempo. Seu testemunho culminou no martírio por volta de 165 d.C., o que lhe assegurou o título de santo e mártir da Igreja Católica.

Primeiros anos e formação

1. Nascimento: Por volta de 100 d.C., na cidade portuária de Flávia Neápolis (hoje Nápoles), então parte do Império Romano, que possuía uma considerável comunidade judeia e um intenso ambiente filosófico.
2. Educação: Recebeu formação nas escolas de retórica e filosofia; estudou platonismo, estoicismo e ceticismo, participando dos círculos de filósofos itinerantes que se apresentavam em praças públicas para debate. Essa experiência o tornou um orador público e um professor de filosofia antes da sua conversão.

Conversão ao cristianismo

1. Busca da verdade: Depois de décadas de investigação, Justino relata que chegou à conclusão de que “a verdade que procuro está em Cristo” (Apologia, 1.12). Sua conversão, tradicionalmente datada por volta de 130 d.C., ocorreu após a leitura de textos cristãos e o contato com cristãos que viviam como “filósofos”.
2. Mudança de vida: Abandonou a carreira de filósofo pago e fundou uma escola gratuita em Roma, onde ensinava “a doutrina dos cristãos, que é a verdadeira filosofia” a pagãos e judeus interessados.

Atividade apostólica e ensino