Policarpo de Esmirna
Saint Festa: 23 de Fevereiro

Policarpo de Esmirna

69 d.C. - 155 d.C.
São Policarpo de Esmirna (c. 69 – 155 d.C.) foi discípulo do apóstolo João, bispo de Esmirna e “chefe de toda a Ásia”. Sua vida evidencia a transmissão fiel da apostolicidade e a defesa da ortodoxia contra as heresias do seu tempo. Recusando‑se a renunciar à fé diante da perseguição romana, sofreu um martírio exemplar, cujo relato tornou‑se um dos primeiros documentos de martírio cristão. A Igreja Católica o honra como santo e mártir, celebrando sua festa em 23 de agosto e preservando sua epístola como testemunho pastoral.
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Biografia

Primeiros anos e formação

Policarpo nasceu por volta de 69 d.C. na província romana da Ásia, provavelmente na própria Esmirna (atual Izmir, Turquia). Segundo a tradição patrística, ele foi discípulo pessoal do apóstolo João, a quem recebeu instrução direta. Essa relação apostólica lhe conferiu grande autoridade entre as comunidades cristãs da Ásia Menor.

Ordenação episcopal e liderança na Ásia

Por volta de 95 d.C., Policarpo foi ordenado bispo de Esmirna. Eusebio de Cesareia registra que ele foi reconhecido como “chefe de toda a Ásia” (ou Metropolitanus Asiae), exercendo jurisdição sobre várias comunidades cristãs da região. Seu episcopado coincidiu com a fase de consolidação doutrinal dos primeiros séculos, quando heresias como o marcionismo e o valentinianismo ameaçavam a unidade da Igreja.

Combate às heresias

Policarpo enfrentou as duas principais correntes heréticas do seu tempo:

 Heresia Natureza Ação de Policarpo
 MarcionismoNegação da validade do Antigo Testamento e dos evangelhos sinóticosRejeição categórica em sua epístola; defesa da plenitude da revelação divina
 ValentinianismoGnosticismo que ensinava uma hierarquia de seres espirituaisPolicarpo alertou contra as doutrinas “gnósticas” e enfatizou a necessidade de viver segundo a fé católica

Perseguição e martírio

Contexto político

Em 155 d.C., o governador romano Verus iniciou uma perseguição contra os cristãos de Esmirna. Policarpo foi citado por Eusebio como “chefe dos cristãos de Esmirna” e convocado a renunciar à fé.

Recusa e prisão

Policarpo respondeu com serenidade, e recusou‑se a sacrificar aos deuses pagãos. Foi então preso e submetido a torturas.

Execução

O relato da Carta de Esmirna (conhecida como The Martyrdom of Polycarp) descreve a execução: Policarpo foi levado ao estádio, recebeu a chance de oferecer sacrifício (que recusou), e foi queimado vivo num tronco de madeira. Quando a chama não o consumia, os soldados o cravaram com lanças, culminando na sua morte. Eusebio registra que o mártir morreu “com a coroa da imortalidade”.

Obras de Policarpo de Esmirna

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