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Policarpo de Esmirna
Biografia
Primeiros anos e formação
Policarpo nasceu por volta de 69 d.C. na província romana da Ásia, provavelmente na própria Esmirna (atual Izmir, Turquia). Segundo a tradição patrística, ele foi discípulo pessoal do apóstolo João, a quem recebeu instrução direta. Essa relação apostólica lhe conferiu grande autoridade entre as comunidades cristãs da Ásia Menor.
Ordenação episcopal e liderança na Ásia
Por volta de 95 d.C., Policarpo foi ordenado bispo de Esmirna. Eusebio de Cesareia registra que ele foi reconhecido como “chefe de toda a Ásia” (ou Metropolitanus Asiae), exercendo jurisdição sobre várias comunidades cristãs da região. Seu episcopado coincidiu com a fase de consolidação doutrinal dos primeiros séculos, quando heresias como o marcionismo e o valentinianismo ameaçavam a unidade da Igreja.
Combate às heresias
Policarpo enfrentou as duas principais correntes heréticas do seu tempo:
Heresia | Natureza | Ação de Policarpo |
Marcionismo | Negação da validade do Antigo Testamento e dos evangelhos sinóticos | Rejeição categórica em sua epístola; defesa da plenitude da revelação divina |
Valentinianismo | Gnosticismo que ensinava uma hierarquia de seres espirituais | Policarpo alertou contra as doutrinas “gnósticas” e enfatizou a necessidade de viver segundo a fé católica |
Perseguição e martírio
Contexto político
Em 155 d.C., o governador romano Verus iniciou uma perseguição contra os cristãos de Esmirna. Policarpo foi citado por Eusebio como “chefe dos cristãos de Esmirna” e convocado a renunciar à fé.
Recusa e prisão
Policarpo respondeu com serenidade, e recusou‑se a sacrificar aos deuses pagãos. Foi então preso e submetido a torturas.
Execução
O relato da Carta de Esmirna (conhecida como The Martyrdom of Polycarp) descreve a execução: Policarpo foi levado ao estádio, recebeu a chance de oferecer sacrifício (que recusou), e foi queimado vivo num tronco de madeira. Quando a chama não o consumia, os soldados o cravaram com lanças, culminando na sua morte. Eusebio registra que o mártir morreu “com a coroa da imortalidade”.
Obras de Policarpo de Esmirna
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