Hipólito de Roma
Saint Festa: 13 de agosto

Hipólito de Roma

ca. 170 d.C. - ca. 236 d.C.
Santo Hipólito de Roma (†236), presbítero e prolífico escritor, entrou em conflito com os papas Zeferino e Calisto, tornando-se antipapa. Exilado com o papa Ponciano na Sardenha, reconciliou-se com a Igreja antes de morrer. Venerado como mártir, sua festa é celebrada em 13 de agosto.
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Biografia

Santo Hipólito de Roma

Origem e ministério

Hipólito viveu no início do século III e foi presbítero da Igreja de Roma, não bispo. A tradição patrística sugere a possibilidade de que tenha sido discípulo de Santo Irineu. São Jerônimo testemunha que Orígenes ouviu uma de suas homilias em Roma por volta de 212. Desde cedo destacou-se como erudito e como opositor firme das heresias de sua época.

Conflitos e cisma

Durante os pontificados de Zeferino (198–217) e Calisto I (217–222), Hipólito entrou em conflito com ambos. Acusava-os de laxismo na disciplina penitencial e combateu o modalismo, que identificava o Pai e o Filho como simples manifestações de uma única Pessoa. Seus escritos, contudo, revelam tendências subordinacionistas, apresentando o Filho como distinto, mas em posição inferior ao Pai. Por volta de 217, um pequeno grupo de seguidores o elegeu antipapa, cargo que manteve durante os pontificados de Calisto I, Urbano I e Ponciano.

Exílio e reconciliação

No reinado do imperador Maximino Trácio (235), tanto o papa Ponciano quanto Hipólito foram deportados para a ilha de Sardenha. Ali, antes de morrer, Hipólito reconciliou-se com a Igreja, encerrando o cisma. Seus restos mortais foram trasladados a Roma com os de Ponciano e sepultados juntos com honras, sinal de sua plena comunhão com a Igreja.

Escritos

Hipólito escreveu em grego, o que fez com que suas obras circulassem mais no Oriente que no Ocidente. Entre elas destacam-se:

  1. Comentário sobre o Cântico dos Cânticos;
  2. Comentário ao Livro de Daniel, em quatro livros;
  3. De Christo et Antichristo, reflexão sobre a vinda do Senhor e o surgimento do Anticristo;
  4. Diversos tratados exegéticos e apologéticos, preservados em grande parte apenas em fragmentos.

Sua obra maior é a Refutação de Todas as Heresias (Refutatio omnium haeresium, conhecida como Philosophumena), fonte essencial para o estudo das correntes heréticas do cristianismo primitivo.

Martírio e culto

As fontes mais antigas associam sua morte ao exílio na Sardenha. Lendas posteriores, sem fundamento histórico, narraram que teria sido despedaçado por cavalos, em alusão ao mito grego de Hipólito, filho de Teseu. A Igreja de Roma o reconheceu como mártir, e seu túmulo na Via Tiburtina tornou-se lugar de peregrinação.

Festa litúrgica

Seu culto é celebrado em 13 de agosto, em memória conjunta com São Ponciano. Outras tradições antigas chegaram a comemorar Hipólito em 22 de agosto ou em 13 de janeiro, mas a data aceita atualmente no Calendário Romano Geral permanece 13 de agosto.

Obras de Hipólito de Roma

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