Hilário de Poitiers
Saint Festa: 13 de janeiro

Hilário de Poitiers

c. 300 d.C. - c. 368 d.C.
São Hilário de Poitiers destaca-se como um dos maiores defensores da ortodoxia contra o arianismo, combinando erudição filosófica, coragem pastoral e um espírito conciliador que buscava a unidade da Igreja sem comprometer a verdade da fé.
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Biografia

Origem e conversão

Hilário nasceu em Poitiers, no início do século IV, numa família nobre provavelmente pagã. Recebeu sólida formação em filosofia e literatura clássica e, ao aprofundar-se nas Escrituras, converteu-se ao cristianismo, sendo batizado já adulto.

Bispo e defensor da fé

Por volta de 350 foi escolhido pelos cristãos de Poitiers para o episcopado, sendo o primeiro bispo da diocese de que se tem notícia segura. Seu pontificado coincidiu com a grave crise ariana que se espalhava pela Gália, apoiada por alguns prelados. Em 356 participou do sínodo de Béziers, dominado por bispos arianos; sua voz foi silenciada e, pouco depois, o imperador Constâncio, protetor do arianismo, o exilou para a Frígia.

Exílio e escritos

No exílio, Hilário não se desanimou. Dedicou-se ao estudo e à redação de obras teológicas, entre elas De Synodis, na qual analisou as fórmulas de fé orientais, denunciando expressões ambíguas e, ao mesmo tempo, buscando a reconciliação dos bispos semi-arianos com a ortodoxia. Essa postura moderada lhe rendeu críticas de figuras rigorosas, como Lúcifer, bispo de Cagliari.

Concílio de Seleucia e retorno

Em 359 foi convidado a participar do Concílio de Seleucia, onde defendeu a fé católica perante os bispos do Oriente. Posteriormente, em Constantinopla, a pressão dos arianos fez com que o imperador o devolvesse à Gália; assim, em 361 Hilário regressou a Poitiers, sendo recebido com grande alegria pelos clérigos e fiéis.

Últimos anos

De volta à sua terra, reencontrou seu discípulo São Martinho de Tours, que lhe prestou homenagem. Continuou a combater o arianismo, chegando a confrontar Auxêncio, bispo de Milão; porém foi expulso da cidade por ordem do imperador Valentiniano. Seus últimos anos transcorreram em Poitiers, dedicados à defesa da fé e à produção literária. Morreu em sua cidade natal, provavelmente em 368; as fontes dão duas datas possíveis: 1 de novembro ou 13 de janeiro do mesmo ano.

Legado

A Igreja celebra sua memória em 13 de janeiro (Breviário Romano) ou em 14 de janeiro (Martirológio Romano). Em 1851 o Papa Pio IX o proclamou Doutor da Igreja, reconhecendo sua doutrina e zelo pastoral. Quanto às relíquias, há tradições divergentes: alguns afirmam que seu corpo foi levado à igreja de Saint-Denis, perto de Paris, enquanto outros sustentam que foi queimado pelos protestantes em 1572.

Obras de Hilário de Poitiers

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