1 Os católicos acreditam em anjos e demônios, criaturas espirituais criadas por Deus, sendo os primeiros servidores e mensageiros da vontade divina, enquanto os segundos, por sua livre escolha, se afastaram de Deus e se tornaram seus adversários. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, os anjos desempenham um papel essencial no plano de salvação, servindo como protetores e guias espirituais para a humanidade (Catecismo 328-336). Eles nos ajudam a caminhar na fé e a combater as tentações do mal.
Em contraste, os demônios são anjos caídos que, movidos por orgulho e rebeldia, rejeitaram o amor de Deus e agora trabalham para afastar os seres humanos Dele. Esses espíritos malignos, liderados por Satanás, se opõem ao plano de salvação, mas seu poder é limitado pela providência divina, e sua derrota final foi garantida pela vitória de Cristo na cruz (Catecismo 391-395).
Na Sagrada Escritura, encontramos diversas menções tanto a anjos quanto a demônios. Os anjos aparecem como mensageiros em vários momentos cruciais da história da salvação, como no anúncio do nascimento de Jesus à Virgem Maria (Lucas 1,26-38) e na proteção dos fiéis (Salmo 91,11). Além disso, o Novo Testamento nos alerta sobre a ação dos demônios, que podem tentar os seres humanos, como se vê na tentação de Jesus no deserto (Mateus 4,1-11), mas que sempre estão sujeitos ao poder de Deus (Lucas 10,18).
A presença de anjos e demônios, assim como das potestades mencionadas em Efésios 6,12, nos lembra da realidade espiritual que envolve nossa vida terrena. Nossa luta não é apenas contra as adversidades do mundo material, mas também contra as forças do mal que operam no invisível. Entretanto, com a ajuda dos anjos e a graça de Deus, os fiéis são fortalecidos para resistir ao mal e perseverar no caminho da salvação.
