A Assunção de Maria, embora não mencionada explicitamente nas Escrituras, é um dogma que reflete a tradição e a compreensão teológica da Igreja Católica. A crença de que "Maria foi assunta ao céu" está em harmonia com outros relatos bíblicos, como os de Enoque e Elias, que também foram levados ao céu por Deus, destacando o papel especial que desempenharam no plano divino. Da mesma forma, Maria, pela sua singularidade como Mãe de Deus, foi elevada ao céu em corpo e alma, sem experimentar a corrupção do túmulo.
Uma importante base para essa crença está em Lucas 1,28, onde Maria é chamada pelo anjo Gabriel de "cheia de graça", utilizando a palavra grega kecharitomene. Esse termo é exclusivo de Maria em toda a Bíblia e implica uma graça plena e completa. A forma verbal no grego sugere que Maria foi agraciada por Deus de maneira única, desde o passado e continuando no presente. Essa plenitude de graça apoia a ideia de que, assim como foi preservada do pecado original, Maria também foi preservada da corrupção do corpo após a morte, o que justifica a doutrina de que "Maria foi assunta ao céu".
Além disso, em Apocalipse 12,1, encontramos a visão de uma mulher coroada com doze estrelas, frequentemente interpretada como uma referência simbólica à Virgem Maria, glorificada nos céus. O dogma da Assunção foi definido pelo Papa Pio XII em 1950, na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, proclamando oficialmente que "Maria foi assunta ao céu", corpo e alma, como verdade de fé. Essa crença é uma das expressões mais elevadas da dignidade singular que Maria possui no plano salvífico de Deus.
-
CIC 966
-
Lucas 1,28
-
Apocalipse 12,1
-
Lucas 1,28: O termo kecharitomene indica a plenitude da graça em Maria, sugerindo sua preservação da corrupção.
-
Apocalipse 12,1: Interpretação simbólica de Maria glorificada no céu.
-
Gênesis 5,24: Enoque foi levado ao céu, paralelismo com a Assunção de Maria.
-
2 Reis 2,11: Refere-se à ressurreição e glorificação, aplicável à Assunção de Maria.
-
Pio XII. Munificentissimus Deus. Vaticano, 1950.
Entendemos que a fidelidade à doutrina da Igreja é fundamental, e por isso, valorizamos a colaboração dos usuários para manter a integridade do conteúdo apresentado.
Agradecemos pela compreensão e pelo compromisso com a fé católica.